20 - Brasil ainda tem 10 milhões sem água e 60 milhões sem esgoto

Diagnóstico do Saneamento, mostra o tamanho do desafio que é preciso enfrentar. O abastecimento de água e a coleta e tratamento de esgoto no Brasil tiveram uma pequena evolução entre 2000 e 2001. Os números, que constam do Diagnóstico 2001 do Sistema Nacional de Informação em Saneamento (SNIS) - a ser lançado no dia 20, às 10h, no auditório do Bloco A, na esplanada dos Ministérios, em Brasília, revelam, no entanto, que cerca de 10 milhões de pessoas entre as 124 milhões que integram o universo pesquisado continuam fora de acesso às redes de água.

Em relação aos que não contam com serviços de esgoto a defasagem é muito maior: são mais de 60 milhões de pessoas (quase 50% daquelas abrangidas pelos serviços das 26 companhias estaduais, dos 230 serviços municipais e 4 microrregionais que perfazem 74,3% do total de municípios do Brasil e 91,8% da população urbana nacional). O Diagnóstico é feito anualmente pelo Programa de Modernização do Setor de Saneamento (PMSS), da Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano da Presidência da República (SEDU/PR) a partir de dados fornecidos pelos próprios operadores.

Enquanto 4.134 municípios brasileiros têm abastecimento de água atendendo a cerca de 90% da população urbana o número dos que contam com serviços estruturados de coleta ou coleta e tratamento de esgoto é de apenas 935, o que deixa evidente o principal desafio das cidades brasileiras. Além disso, a média de atendimento em esgoto, nos municípios atendidos pelas companhias estaduais de saneamento que contam com este serviço, é de apenas 38,3% da população. E mesmo onde existe coleta e/ou tratamento de esgoto o serviço não chega a toda a população do município.

Em relação ao tratamento dos esgotos, os resultados são ainda mais preocupantes. Tomando-se por referência o índice de tratamento dos esgotos gerados, a média nacional de todo o conjunto do Diagnóstico 2001 é de apenas 25,6%, valor esse fortemente influenciado pelos resultados das companhias estaduais, em que a média é de 29,8%. Para os prestadores de abrangência local a média é de 17,0%.

O universo representado pelas companhias de saneamento e serviços microrregionais e locais tem uma pujança econômica que não condiz com a pouca importância que vem merecendo do ponto de vista político. O setor gira cerca de R$ 11 bilhões/ano somente com o que fatura em tarifas, sendo que somente a Sabesp (SP) tem um faturamento de R$ 3,5 bilhões/ano, seguida pela Cedae (RJ), com cerca de R$ 1,3 bilhão, mesmo considerando-se o reduzido valor da tarifa média praticada, ou seja, R$1,03 por 1.000 litros de água tratada (1 metro cúbico).

Outro indicador de destaque na área econômica é que apesar das dificuldades e restrições de crédito o conjunto dos operadores investiu em 2001 R$ 2,6 bilhões. Somente a Sabesp (SP) investiu naquele ano 25% a mais do que o que havia sido aplicado em melhoria e expansão em 2000.

Outro dado preocupante é que entre as companhias estaduais de saneamento somente 9 das 26 que participam do Diagnóstico têm as despesas totais com o serviço inferiores à receita. Dentre elas destaca-se a SABESP-SP cujo superávit leva a que na Região Sudeste e em todo o subconjunto a soma das receitas seja maior que a das despesas. Entre os serviços locais, cerca de 82% têm receitas superiores às despesas, sobretudo naqueles de maior porte. O resultado é melhor que o do ano 2000, no qual 60% dos prestadores de serviços tiveram receitas maiores que despesas.

Em termos econômicos, além do valor expressivo das receitas é preciso fazer referência, também, ao número de empregos envolvidos diretamente com a prestação dos serviços, que é da ordem de 153,5 mil, incluídos nesse total os postos de trabalho nos próprios prestadores de serviços e os que resultam das atividades terceirizadas. É de se considerar que, além desses, a atividade de prestação de serviços de água e esgotos gera empregos na indústria de materiais e equipamentos, na execução de obras e na prestação de outros serviços de engenharia, na área de projetos e consultoria.

No que se refere às perdas de faturamento, medidas pela relação entre os volumes faturados e disponibilizados para distribuição, o valor médio para todo o conjunto do Diagnóstico 2001 foi de 40,6%, demonstrando uma situação preocupante, sobretudo considerando que, em relação ao ano de 2000, o indicador sofreu um acréscimo de 1,4 ponto percentual.

Os dados completos do levantamento, que incluem outros indicadores como: perdas de faturamento, produtividade, consumo médio por economia, medição, etc. estarão disponíveis, a partir do dia 23/12 na internet no site: www.snis.gov.br .

Sindisan e Água On-line.
Abril de 2005

Diagnóstico do Saneamento, mostra o tamanho do desafio que é preciso enfrentar. O abastecimento de água e a coleta e tratamento de esgoto no Brasil tiveram uma pequena evolução entre 2000 e 2001. Os números, que constam do Diagnóstico 2001 do Sistema Nacional de Informação em Saneamento (SNIS) - a ser lançado no dia 20, às 10h, no auditório do Bloco A, na esplanada dos Ministérios, em Brasília, revelam, no entanto, que cerca de 10 milhões de pessoas entre as 124 milhões que integram o universo pesquisado continuam fora de acesso às redes de água.

Em relação aos que não contam com serviços de esgoto a defasagem é muito maior: são mais de 60 milhões de pessoas (quase 50% daquelas abrangidas pelos serviços das 26 companhias estaduais, dos 230 serviços municipais e 4 microrregionais que perfazem 74,3% do total de municípios do Brasil e 91,8% da população urbana nacional). O Diagnóstico é feito anualmente pelo Programa de Modernização do Setor de Saneamento (PMSS), da Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano da Presidência da República (SEDU/PR) a partir de dados fornecidos pelos próprios operadores.

Enquanto 4.134 municípios brasileiros têm abastecimento de água atendendo a cerca de 90% da população urbana o número dos que contam com serviços estruturados de coleta ou coleta e tratamento de esgoto é de apenas 935, o que deixa evidente o principal desafio das cidades brasileiras. Além disso, a média de atendimento em esgoto, nos municípios atendidos pelas companhias estaduais de saneamento que contam com este serviço, é de apenas 38,3% da população. E mesmo onde existe coleta e/ou tratamento de esgoto o serviço não chega a toda a população do município.

Em relação ao tratamento dos esgotos, os resultados são ainda mais preocupantes. Tomando-se por referência o índice de tratamento dos esgotos gerados, a média nacional de todo o conjunto do Diagnóstico 2001 é de apenas 25,6%, valor esse fortemente influenciado pelos resultados das companhias estaduais, em que a média é de 29,8%. Para os prestadores de abrangência local a média é de 17,0%.

O universo representado pelas companhias de saneamento e serviços microrregionais e locais tem uma pujança econômica que não condiz com a pouca importância que vem merecendo do ponto de vista político. O setor gira cerca de R$ 11 bilhões/ano somente com o que fatura em tarifas, sendo que somente a Sabesp (SP) tem um faturamento de R$ 3,5 bilhões/ano, seguida pela Cedae (RJ), com cerca de R$ 1,3 bilhão, mesmo considerando-se o reduzido valor da tarifa média praticada, ou seja, R$1,03 por 1.000 litros de água tratada (1 metro cúbico).

Outro indicador de destaque na área econômica é que apesar das dificuldades e restrições de crédito o conjunto dos operadores investiu em 2001 R$ 2,6 bilhões. Somente a Sabesp (SP) investiu naquele ano 25% a mais do que o que havia sido aplicado em melhoria e expansão em 2000.

Outro dado preocupante é que entre as companhias estaduais de saneamento somente 9 das 26 que participam do Diagnóstico têm as despesas totais com o serviço inferiores à receita. Dentre elas destaca-se a SABESP-SP cujo superávit leva a que na Região Sudeste e em todo o subconjunto a soma das receitas seja maior que a das despesas. Entre os serviços locais, cerca de 82% têm receitas superiores às despesas, sobretudo naqueles de maior porte. O resultado é melhor que o do ano 2000, no qual 60% dos prestadores de serviços tiveram receitas maiores que despesas.

Em termos econômicos, além do valor expressivo das receitas é preciso fazer referência, também, ao número de empregos envolvidos diretamente com a prestação dos serviços, que é da ordem de 153,5 mil, incluídos nesse total os postos de trabalho nos próprios prestadores de serviços e os que resultam das atividades terceirizadas. É de se considerar que, além desses, a atividade de prestação de serviços de água e esgotos gera empregos na indústria de materiais e equipamentos, na execução de obras e na prestação de outros serviços de engenharia, na área de projetos e consultoria.

No que se refere às perdas de faturamento, medidas pela relação entre os volumes faturados e disponibilizados para distribuição, o valor médio para todo o conjunto do Diagnóstico 2001 foi de 40,6%, demonstrando uma situação preocupante, sobretudo considerando que, em relação ao ano de 2000, o indicador sofreu um acréscimo de 1,4 ponto percentual.

Os dados completos do levantamento, que incluem outros indicadores como: perdas de faturamento, produtividade, consumo médio por economia, medição, etc. estarão disponíveis, a partir do dia 23/12 na internet no site: www.snis.gov.br .

 

Sindisan e Água On-line.
Abril de 2005


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