Curiosidades da História

11-07-2011 14:12

A Ciência dos Maias

O povo maia tem origem incerta, mas antigas escrituras podem ligá-la ao platônico povo atlânte. Os maias se instalaram onde hoje é o sul do México, a Guatemala e Honduras por volta do ano 1000 a.C. A sucessão de descobertas arqueológicas, a partir do século passado, indica o desenvolvimento de uma das mais notáveis civilizações do Novo Mundo, com arquitetura, escultura e cerâmica bastante elaboradas. Sem dúvida nenhuma, essa civilização se baseou nos conhecimentos das culturas arcaicas, anteriores mesmo ao século X a.C.. Mas, foi a decifração dos ideogramas da escrita maia que permitiu reconstituir parcialmente a história deste povo magnífico. A história dos maias pode ser dividida em três períodos: o pré-clássico (1.000 a.C. a 317 d.C.); o clássico ou Antigo Império (até 889 d.C.); e o pós clássico ou Novo Império (também conhecido como "renascimento maia" até 1697). Da idade pré-clássica pouco se conhece, mas pode se afirmar que, neste período, já existia uma estrutura social e religiosa como uma classe sacerdotal especializada em matemática e astronomia. Provavelmente, foi nessa época que foi criado o calendário maia. O fim da idade pré-clássica e o começo da idade clássica foram estabelecidos com base nas primeiras datas que puderam ser decifradas nos monumentos.

As Ruínas de Copán, a oeste de Honduras, foram descobertas em 1570 por Diego Garcia de Placio. Um dos locais mais importantes da civilização maia, estas Ruínas não foram escavadas até o século XIX. Suas fortalezas e praças públicas imponentes caracterizam suas três fases principais de desenvolvimento, antes que a cidade fosse abandonada no início do século X.

Os avançados conhecimentos que os maias possuíam sobre astronomia, como eclipses solares e movimentos dos planetas, e sobre matemática, lhes permitiram criar um calendário cíclico de notável precisão. Na realidade são dois calendários sobrepostos: o tzolkin, de 260 dias, e o haab de 365 dias. O haab era dividido em dezoito meses de vinte dias, mais cinco dias livres. Para datar os acontecimentos utilizavam a "conta curta", de 256 anos, ou então a "conta longa", que principiava no início da era maia. Eles determinaram com exatidão incrível o ano lunar, a trajetória de Vênus e o ano solar (365 dias, 5 horas, 48 minutos e 45 segundos). Inventaram um sistema de numeração com base 20 e tinham noção do número zero, ao qual atribuíram um símbolo.

Os maias utilizavam uma escrita hieroglífica que ainda não foi totalmente decifrada. Os cientistas, estudiosos da civilização maia, comprovaram que os antigos fizeram muitas observações do Sol, durante sua passagem pelo zênite, na praça cerimonial de Copán. Esta descoberta reafirma que os maias foram grandes astrônomos e que viveram seu período de esplendor entre os anos 250 a 900 d.C.. Durante os solstícios e os equinócios, a posição do Sol gera alinhamentos especiais entre os vários monumentos, altares e outras estruturas da principal praça do sítio arqueológico maia de Copán.

Hoje, o vale de Copán, como outros sítios arqueológicos, é declarado Patrimônio da Humanidade, resguardando o centro dos cerimoniais da civilização maia, que floreceu na América Central no primeiro milênio da Era Cristã.

Artigo do mês de julho de 2002 da Revista de Ciência On-line: https://www.cienciaonline.org/

Fonte:
https://an.locaweb.com.br/Webindependente/ciencia/acienciadosmais.htm

E COMO ERA ANTES?

Esta é para quem gosta de ouvir estórias...Acomodado?!?
Então aperte os cintos e vamos viajar...no tempo...

Os primeiros homens que surgiram na face da Terra viviam em um mundo que lhes era misterioso e hostil. Dos abrigos, no fundo das cavernas, ouviam amedrontados o barulho do trovão, das cachoeiras, o grito dos animais selvagens. Para sua mentalidade primitiva tudo era motivo de espanto e de terror. Mil perigos estavam por todos os lados. Se procuravam subir às montanhas para fugirem das inundações e das enxurradas, deviam, quase sempre, abandoná-las, porque elas eliminavam o fogo dos vulcões. O solo onde pisavam tremia muitas vezes, sacudido pelos terremotos.

Para alimentarem-se, deviam sair em busca de água, de ervas, de sementes, de frutas e de caça. Isto significava ter de enfrentar não só a natureza, mas também as feras que se espalhavam pelas planícies e pelas florestas. Havia ainda o risco de se perderem e de se separarem dos demais companheiros.

Parece quase impossível que o homem primitivo tenha conseguido sobreviver em meio a tantos obstáculos. Contudo ele o fez, porque não era a criatura indefesa que parecia ser. Contava com a força de seus músculos, a habilidade de suas mãos, o poder de seus sentidos. E contava, acima de tudo, com o auxílio de sua inteligência.

Naquela época, o Homem executava todos os trabalhos necessários à subsistência com a força muscular. Sua primeira conquista consistiu em usar tais músculos de maneira mais eficaz. Os instrumentos de que dispunha eram feitos com materiais oferecidos pela natureza sem modificação nenhuma.

Passaram-se centenas de anos até que o Homem aprendesse a mudar a forma dos materiais da natureza, fabricando objetos rudimentares para seu uso diário.

Todos os elementos que o rodeavam nada diziam ainda à sua inteligência: a cascata que transportava as pedras para o vale não lhe sugeria a idéia da força que ela possuía; o tronco que flutuava não o fazia pensar em um meio para atravessar o rio; os ramos das ervas que brotavam do terreno não lhe revelavam que um punhado de terra era capaz de dar origem à vida.

Passaram-se milhares de anos... Só então ele começou a compreender que a natureza oferecia-lhe a energia das cascatas; a flutuabilidade na água, o impulso dos ventos, o poder do fogo.

Artigo do mês de dezembro de 2001 da Revista de Ciência On-line: https://www.cienciaonline.org/

QUANTOS ANOS TEM O BRASILEIRO?

A história do Brasil é muito mais velha que 500 anos...

Desde a expansão marítima do século XV, a América é um território de exploração, mortes, conquistas, glórias e muita história. Um pouco antes de Cabral chegar ao Brasil, grupos indígenas construíam suas casas sob a terra, mantendo-as protegidas dos ventos fortes e gelados que cortavam o planalto nos invernos rigorosos do Sul do País. As "casas subterrâneas" em formato circular, com uso de madeira, pedras e palhas secas, tinham em algumas paredes escadas para facilitar o acesso do moradores. Dentro da "casas" foram encontrados restos de fogueira, fragmentos de cerâmica e pedras lascadas, mostrando que ali teria sido um lar com diferentes atividades do dia-dia. As casas sempre são encontradas ao lado de outras com "túneis de acesso", de modo que os grupos residentes não precisariam sair à superfície e deparar-se com o frio ou ainda predadores. Nas mesmas áreas de casas subterrâneas existem sítios a céu aberto, indicando que os grupos trocavam de moradia conforme a estação do ano.

As vasilhas de cerâmicas constituem os artefatos mais numerosos. Elas têm paredes finas, apresentam superfícies escuras, raramente decoradas, e com uma grande variedade de formas. As paredes polidas também eram uma característica desses grupos, assim como diferentes tipos de machados, cunhas e virotes (utensílios bastante usados para abater aves sem danificar suas penas).

Por volta de 1000 a 2000 anos atrás, na Amazônia, constitui-se um povo que contribuiu muito para a agricultura e a cerâmica no Brasil. O povo Marajoara, em seu apogeu, tinha mais de 1000 habitantes e, entre eles, haviam artistas que fabricavam objetos de cerâmica bem enfeitados: de vasilhas a urnas funerárias. Segundo estudos arqueológicos, pôde-se observar que este grupo alcançou uma grande complexidade social e política.

Há pelo menos 6000 anos, uma boa parte do litoral brasileiro começou a ser ocupado por povos que exploravam o ambiente marinho, vivendo principalmente da pesca e da coleta de moluscos. Eles tinham o hábito de juntar em um mesmo lugar as coisas que faziam e comiam.A intenção do acúmulo de materiais em um só lugar construíu o sambaqui (do tupi: samba = marisco e ki = amontoado).

Muitas gerações teriam repetido este trabalho e por conta disto alguns sambaquis demoraram centenas de anos para serem construídos. Alguns arqueólogos consideram os sambaquis como verdadeiros monumentos construtivos, que serviam para demarcar territórios de ocupações ao longo da costa. O litoral catarinense constitui uma das áreas em que os sítios de sambaquis existem em grande quantidade.

O monumento construído com conchas se destaca na paisagem. O sítio Figueirinha, em Jaguariúna (SC), atinge aproximadamente 15 metros de altura conforme estudos arqueológicos. Com certeza, os "Sambaquieiros" mantinham contato com outros grupos humanos que habitavam o Brasil como os caçadores do Planalto.

São Rainundo Nonato (PI) é até hoje o sítio arqueológico mais antigo do Brasil, com vestígios de uma fogueira de 48000 anos. Há também algumas escavações em Minas Gerais, no sítio Lapa Vermelha, e no sítio Santa Elina (MT) que datam de 25.000 anos. O crânio encontrado em Lagoa Santa (MG), chamado de Luzia, é a brasileira mais velha com 12000 a 15000 anos de idade!

 

Artigo do mês de agosto de 2002 da Revista de Ciência On-line: https://www.cienciaonline.org/

11/07/2011

 

 


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